domingo, 19 de maio de 2013

Cactaceas: Beleza e Arte !


FLOR DE CACTO





Flor de cacto, flor que se arrancou
À secura do chão.
Era aí o deserto, a pedra dura,
A sede e a solidão.
Sobre a palma de espinhos, triunfante,
Flor, ou coração?


José Saramago
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Cactus também tem flores (Poema de Denise Bomfim "do Blogspot")



Em meio ao deserto, lá está ele, forte, esverdeado,
há alguns amarelados também...
Passa o tempo e passa a tempestade, mas ele
continua mais vivo como ninguém.
Cactus tem espinhos cortantes, unidos um a um,
sua estrutura se assemelha a um boneco de braços abertos. 
Para quem busca um Oásis, o cactus é o 
bálsamo dos desertos.
Pois o Cactus tem água para saciar a sede do viajante,
Pois o Cactus tem flor, para um coração verdejante
em solos áridos de amores.
Amores que não se consolidam por temores,
Amores que não se consolidam por dissabores,
Tantos tipos de amores...
Mas o Cactus tem flores, não se esqueça!
Por mais que você se entristeça,
Lembre-se da flor de Cactus, tão bela, singela.
E na singeleza de suas formas, perto dos espinhos e perto
das areias escaldantes, lá está ela:
a flor de Cactus tão bela,
nascida em um ambiente considerado hostil, estéril,
Mas que na íntegra, pode ser étereo.
Não se esqueça de que Cactus também tem flores!






Adivinda de uma planta tão espinhosa, surge a flor de Cactus, de beleza ímpar, singela e grandiosa na sua estrutura. Cor amarela da luz solar, mágica e esplendorosa. É primavera e as flores desabrocham com a energia da vida!


                             Sobre Amor, Cactos e Flores

Há um tempo atrás tomei a decisão de não mais entregar flores para expressar meus sentimentos por uma pessoa que amo ou venha amar. Resolvi entregar no lugar das flores, um Cacto.
Talvez para alguns esta decisão não seja nada romântica e desprovida de beleza, mas não vejo assim. Há muito mais beleza e significado para mim nesta atitude que antes quando entregava flores.

As flores são belas, cheirosas e impressionam por suas cores fortes e vivas ao mesmo tempo que são tão sensíveis e frágeis, podendo morrer rapidamente.
Não é sem sentido que o dito popular afirme que uma paixão entre um homem e uma mulher dure o tempo em que as flores estiverem vivas. Ou seja, quando elas murcham, vai-se embora a paixão.

A Frase pode até parecer supersticiosa, fatalista e sem poesia, mas tem lá sua razão de ser. Eu não critico quem ainda resolve dar flores a quem ama, mas o fato é que as flores que eu já entreguei, nenhuma delas sobreviveu, todas murcharam e eu 'cansei'.
Cansei de dar flores...

Cansei de expressar meus sentimentos rasos... Cansei da instabilidade e da angustiante expectativa de quando elas ‘iriam’ secar. Cansei de vê-las perderem o cheiro, a cor e vivacidade ao mesmo tempo em que percebia a morte lenta do desejo, da alegria e do encanto por quem estava ‘envolvido’.
Cansei dos esforços inúteis e das receitas tôlas como colocar açúcar no vaso com água a fim que as belas e frágeis flores não morressem tão cedo.
Cansei de entregar talos cortados sem raizes embrulhados em plásticos bonitos e com um laçinho...

Resolvi entregar cactos...

Eles parecem hostis, perigosos de se tocar, de aparência rude e ameaçadora com seus espinhos expostos sem segredo. Eles não têm o cheiro das flores e nem despertam suspiros apaixonados.
Fortes, resistentes e adaptados a viverem em situações adversas, os cactos vão resistindo tanto à sequidão quanto os temporais, ao calor e ao frio... Os cactos não morrem cedo.
Eles não são frágeis e sensíveis como as flores, eles têm raiz. Apesar dos espinhos eles também florescem.

A flor do cacto é linda! Ela pode brotar branca como a nuvem, azul como o céu ou amarela como o sol. Floresce entre os espinhos que a protegem das ameaças de serem comidas por animais de grande porte, assim como das aves que não conseguem pousar sem ferir os pés.
A flor do cacto floresce em meio a sequidão tanto do Cerrado quanto do Sertão nordestino.
Quando eu entregar um cacto a alguém estou querendo dizer a esta pessoa que estou pronto para amar.
Que estou disposto a experimentar a vida e as suas estações de ‘sequidão’ ou ‘chuva’, ‘frio’ ou ‘calor’.
Eu quero um amor como o cacto...
Que seja resistente, forte, firme e que se expõe...
Um amor que apesar das situações floresce.

Cactáceas e suas aplicações !!!!!!!!




     RECEITA  com PALMA                   forrageira  

 A Palma Forrageira  por um longo período foi utilizada apenas como ração animal, no entanto nos últimos  anos a palma forrageira também passou a ser utilizada na alimentação humana  devido a sua rica fonte de diversos nutrientes. Atualmente é comum  se encontrar receitas variadas nas quais a palma é o ingrediente especial. Principalmente  na mesa das famílias  do semi-árido, onde está cactácea é mais difundida e cultivada.
       Vamos aprender mais uma saborosa receita com a palma forrageira?

    Receita: Coxinha de Palma com frango

Ingredientes:
·        Palma (raquete)
·        Peito de frango
·        Temperos á gosto
·        Caldo de frango (tablete)
·        Farinha de trigo
·         Ovos
·        Margarina
·        Leite
·        Farinha de rosca
·        Óleo de cozinha


MODO DE PREPARO:


1-Lave e descasque a palma (raquete), e corte-a em pequenos cubos.

2-Em seguida será preparado o recheio da coxinha basta  refogar o peito com temperos a gosto, cozinhando-o (reserve o caldo) e desfie todo o peito do frango. Junte a palma com o frango desfiado.

 3-Após preparar ao recheio será preparado a massa, um procedimento muito simples basta bater no liquidificador o caldo do peito, o tablete de caldo de frango, a gema a cebola, a margarina e o leite, e depois colocar para ferver. Acrescente a farinha de trigo e mexa até desgrudar da panela.

4-Para finalizar faça as coxinhas, adicione a recheio e passe-as nas claras batidas e na farinha de rosca. Em seguida frite-as.



Referencial: equipechapadadiamantina.blogspot.com/2011

Curiosidades sobre as cactáceas!


Aplicações e curiosidades das cactáceas


• Devido a coleta e destruição dos locais onde estas plantas ocorrem, obviamente muitas cacatáceas se encontram em risco de extinção. Dentre as ameaçadas podemos citar: Ariocarpus, Astrophytum, Aztekium, Backebergia, Coryphanta, Echinocereus, Eichinomastus, Leuchtenbergia, Mammillaria, Pediocactus, Pelecyphora, Sclerocactus, Turbinicarpus e Wilcoxia;
• Opuntia cochenillifera – O povo Asteca a utilizava para o cultivo de cochonilha, inseto que produz uma tintura vermelha a qual era usada para tingir roupas reais e cerimoniais. Quando os espanhóis chegaram ao Novo Mundo, deram início a suas próprias plantações e enviaram esta tintura para a Espanha. Atualmente existem muitas plantações no México para utilizar o corante em alimentos e batons;
• Muitos espinhos de cactáceas são utilizados como palitos, agulhas ou pentes;
• Mammillaria bocasana – seu espinho é usado como anzol no México;
• Calibanus hookeri (México) - contém uma substância parecida com sabão;
• Trichocereus pasacana - usado para construção de casas e como lenha na fronteira da Bolívia com Argentina, onde existem poucas árvores;
 • Pachycereus marginatus, Cereus jamacaru e outros - usados com cerca viva;
• Ferocactus - espinhos usados para coleta de frutos;
• Diferentes espécies de Opuntia são usadas como alimento para o gado;
• A Opuntia pode ser usada para a produção de álcool;
• Opuntia ficus-indica - seus frutos são muito apreciados. No Brasil é conhecido como fígo-da-índia;
• Echinocereus triglochidiatus – os frutos são usados para a produção de geleia;
• Neowerdermanmia vorwerkii - (Bolívia) é cozida e comida como batata;
• Opuntia subulata (México) - seus brotos novos são descascados, cortados e fervidos para fazer “nopalitos”;
• Ferocactus wislizeni são adocicados em uma solução de açúcar para fazer um tipo de doce;
• Oreocereus clasianus (Argentina e Bolívia) – seus tomentos são usados para enchimentos de travesseiros;
• Stenocereus gummosus - eram assados e jogados na água para liberar suas toxinas e deixar os peixes intoxicados permitindo sua retirada com as mãos.


Conhecendo a morfologia das Cactáceas...


Morfologia das Cactáceas

As cactáceas assim como a maioria das plantas superiores, possuem características comum à esses vegetais como a presença de raízes, caule, flores, frutos, sementes, aréolas,  folhas (no caso das cactáceas estas foram modificadas e tornaram-se espinhos).

Raiz

A maioria dos cactos têm raízes muito rasas que podem estender-se amplamente perto da superfície do solo para coletar a água, uma adaptação às raras chuvas. Os grandes cactos colunares também desenvolvem raízes adventícias em grandes tapetes, primeiro para fixação, mas também para obter maior acesso à água e minerais. A raiz, tem a principal função de absorver água, no entanto, pode também pode armazená-la em algumas espécies (Ariocarpus, Coryphanta, Dolichothele, Gyminocactus, Leuchtenbergia, Lobivia, Mammillaria, Neoportéria, Oroya Raízes adventícias em Hilocereus undatus. e especialmente Peniocereus).


Caule


O caule ao longo da evolução tornou-se espessado e suculento, pois possui um tecido esponjoso, capaz de armazenar água. Essa é a única parte onde ocorre fotossíntese, o que garante a cor verde para essa estrutura. Para diminuir a evaporação superficial, o caule contém um revestimento ceroso, o que é comum em outras plantas superiores.



Folhas

       
     As folhas foram modificadas em espinhos, reunidos em um ponto saliente ou deprimido, que constitui a aréola, de onde se originam ramosfolhasflores, etc. Durante a evolução, parte do tecido da folha se atrofiou e esclereficou, persistindo os vasos condutores de água. Normalmente há dois tipos de espinhos: os chamados radiais, que são geralmente mais numerosos; e os centrais, que são mais grossos e escassos. Possuem diferentes formatos (finos, grossos, cilíndricos, planos, retos, curvos ou retorcidos) e tamanhos (entre 1mm e 30 cm), podem ser rígidos ou flexíveis, com coloração que vai desde o branco até o negro (Hollis, 1999) Tipos de espinho: Fonte São também condutores de água, pois funcionam como ponto de condensação da umidade do ar, que escorre na direção da aréola, chegando aos vasos liberianos que ali se encontram. A partir daí, conduzem a água ao interior da planta. Os espinhos são também órgãos de proteção da planta contra as intempéries (principalmente o sol) e os animais. Há também, em algumas espécies, espinhos glandulares que secretam açúcares (HOLLIS 1999). Espinhos com gotas de água condensada.

Flores

       As flores, em regra radialmente simétricas e hermafroditas, solitárias ou em inflorescências multifloras, são grandes e abrem tanto durante o dia como à noite, dependendo da espécie. Seu formato varia de tubular, campanulada ou plana, medindo de 2 milímetros a 30 centímetros. A maioria apresenta sépalas numerosas, de cinco a
cinquenta, com formas variáveis do exterior para o interior da flor, mudando de brácteas para pétalas. Androceu formado de numerosos estames, chegando até a mil e quinhentos, com anteras muito pequenas. Gineceu de ovário ínfero, unicolar, formado de vários carpelos com numerosos óvulos, em geral com placenta carnosa. As flores que abrem durante o dia são polinizadas, em seu habitat, por abelhas, moscas, besouros ou pássaros. As que abrem durante a noite (geralmente flores grandes) são polinizadas por mariposas ou morcegos. Espécies visitadas por morcegos possuem odores acres, de mofo ou nauseantes para os seres humanos. Usualmente as flores das cactáceas duram apenas um dia ou uma noite, e muitas reagem de acordo com a intensidade da luz, fechando quando o céu está nebuloso. Muitas cactáceas, quando estão para florescer, mudam sua aparência exterior. 

 Frutos


        O fruto provém da transformação do ovário após a polinização. Podem apresentar diferentes formatos e ser tomentosos, espinhosos ou escamosos. Quanto à abertura, podem ser secos e deiscentes, mas na maioria dos casos são carnosos e adocicados. Dependendo da espécie, podem conter de 3 a 3.000 sementes. A expectativa de vida de um cacto raramente é superior a 300 anos, e há cactos que vivem somente 25 anos, os quais já florescem com dois anos. 


  
Fonte: http://www.slideshare.net/andrebenedito/cactceas-e-suclentas, acessado em 19 de maio de 2013 às 11:30 hs.

domingo, 12 de maio de 2013

ESTRATEGIAS E ADAPTAÇÕES PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS CACTÁCEAS


Alguns ecossistemas, como os desertos, semiáridos, caatingas e cerrados, recebem pouca água na forma de precipitação pluviométrica. Desta forma que os seres vivos consigam viver nesses ambientes precisam de adaptações morfológicas e fisiológicas, as plantas que habitam estas áreas secas são conhecidas como xerófitas, e muitas delas são suculentas com folhas espessas ou reduzidas.
Folhas transformadas em espinhos
Flor de uma cactacea
É uma família de plantas apresenta características que permitem sobreviver em ambientes quentes e áridos possui uma grande capacidade de fisiológica de conservar água. Para isso as cactáceas apresentam modificações morfológicas e fisiológicas tais como modificação do caule, este órgão de sustentação tornou-se ao longo dos processos evolutivos suculentos acumulando água, apresenta clorofila realizando fotossíntese sendo denominado cladódio. Outra adaptação nesta parte da planta é presença de uma camada serosa sobre a epiderme do caule formando uma estrutura impermeabilizante. Para evitar perda de água para o ambiente as cactáceas, através de processos fisiológicos tais como transpiração e respiração, desta forma transformou suas folhas em espinhos que além de reduzir a perda água protege estas plantas dos animais herbívoros.
Tais plantas suculentas e bem adaptadas as áreas áridas e semiáridas apresentam outras estratégias fisiológicas que imprescindíveis para sua sobrevivência nestes ambientes, possui metabolismo CAM adaptativas que é um metabolismo via ácido málico que possibilita a realização de trocas gasosas a noite, reduzindo significativamente a perda de água. Assim, durante o dia em que as temperaturas são elevadas, as plantas mantêm seus estômatos fechados e durante a noite como as temperaturas são mais amenas estas estruturas responsáveis pelas trocas gasosas se abrem e fazem as trocas gasosas.
Diversidade de cactáceas
Devido a tais características as cactáceas possuem uma grande importância econômica, pois são usadas na alimentação dos animais já que estas plantas conseguem sobreviver longos períodos de seca sendo a única fonte de alimentação para os animais.

CACTACEAS - UMA VISÃO GERAL


Localização do bioma caatinga no território
brasileiro  Fonte: www.wwf.org.br

A família Cactaceae conta com 124 gêneros e aproximadamente 1.440 espécies de distribuição quase exclusivamente neotropical, ocorrendo nas Américas e atingindo a áfrica, Madagascar e Sri lanka.. No Brasil  mais conhecidas como cactos são plantas que possui uma diversidade muito grande de formas, bastante conhecida na região nordeste por ser um símbolo do bioma predominante desta região: a caatinga, que traz condições ideais para o desenvolvimento de exemplares do grupo, mas não  exclusivamente da  caatinga, cactáceas também podem ser encontradas em outros locais. 
Este bioma abrange 9,92% do território nacional, ocupando uma área de 844.453 Km², é constituída principalmente por savana estépica. A Caatinga ocupa a totalidade do estado do Ceará e parte do território de Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona (INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORESTAS).
Cactáceas
Dentro deste bioma rico e diverso estão presente as cactáceas, grupo vegetal que só no Brasil, são mais de 300 tipos. Nem todos possuem o seu habitat, onde a taxa pluviométrica é baixa, alguns crescem nas florestas tropicais. O aspecto varia muito, desde espécies anãs, e até com 8 a 16 metros de altura sustentando grossos ramos, estendidos em forma de colossais candelabros verdes.
O grupo vegetal em questão, também possui grande importância econômica regional: podem ser utilizadas na alimentação animal, sendo seu uso requisitado, principalmente, em épocas de seca, quando a carência de plantas alimentícias é maior, Além disso, os cactos também são utilizados na medicina local, e em construções rurais e domésticas.







Referências:

http://www.cactoslucia.com.br/cultivo/cactos/surgimento%20e%20significado.pdf, acessado dia 08 de maio de 2013 as 16:00hs.

LUCENA, C. M. De; et AL.  Conhecimento local sobre cactáceas em comunidades rurais na mesorregião do sertão da Paraíba (Nordeste, Brasil), Biotemas, setembro de 2012.

http://www.ibflorestas.org.br/pt/bioma-caatinga.html, acessado dia 09 de maio de 2013 as 15:00 hs.


 
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Apresentação

Olá, Seja bem vindo!


    Esse blog foi criado com o objetivo  de relatar  as adaptações e estratégias que regem a forma de vida de um grupo vegetal bastante conhecido do nosso Bioma Caatinga, as Cactaceas. Trazendo informações e curiosidades acerca da  mesma.


Bons estudos!